Dissertação (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “ A depressão como
mazela incapacitante”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções Enem:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até
30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada
“insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os
direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou
do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para
efeito de correção.
Pensando nisso, o psicólogo João Alexandre Borba acredita que a manutenção da
saúde mental do ser humano possa ser realizada de várias formas. Entre elas, o
desabafo, a execução de atividades e ajuda de um profissional.
“Desabafar em um momento de crise pode acalmar demais a mente. A pessoa que guarda muito os problemas para si pode ocasionar um desgaste mental e desencadear doenças, como a depressão muitas vezes”, afirma o profissional.
Diante de uma crise, como desemprego, morte de um ente da família ou uma grande perda, a facilidade com que se atinge a depressão é muito maior nesse período. Segundo o psicólogo, “a crise deixa as pessoas muito vulneráveis, fazendo com que elas percam a esperança. Nem sempre as pessoas têm condições de ir a um psicólogo, mas podem desabafar com um amigo ou para algum conhecido, já ajuda a melhorar”.
(...) João Alexandre Borba
www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba
“Desabafar em um momento de crise pode acalmar demais a mente. A pessoa que guarda muito os problemas para si pode ocasionar um desgaste mental e desencadear doenças, como a depressão muitas vezes”, afirma o profissional.
Diante de uma crise, como desemprego, morte de um ente da família ou uma grande perda, a facilidade com que se atinge a depressão é muito maior nesse período. Segundo o psicólogo, “a crise deixa as pessoas muito vulneráveis, fazendo com que elas percam a esperança. Nem sempre as pessoas têm condições de ir a um psicólogo, mas podem desabafar com um amigo ou para algum conhecido, já ajuda a melhorar”.
(...) João Alexandre Borba
www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba
‘Os
estudantes de Medicina estão entre os grupos mais atingidos, segundo o
psiquiatra e professor de Medicina da Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
Dagoberto Hungria Requião. Além do medo do início do atendimento, o contato com
corpos nas aulas de Anatomia também pode causar tristeza e desânimo. “Ele chega
ao curso superior entusiasmado e se depara logo com a morte. Nem todos estão
preparados e têm maturidade para isso.”
Formada há
três anos, a médica Amanda – que não quis ser identificada – lembra que passou
por um estado de depressão no primeiro ano da faculdade. Depois de poucos meses
de aula, começou a faltar. “Não ia mais e nem fazia provas. Simplesmente ficava
em casa vendo televisão. Hoje sei que o que senti foi medo de comparação com as
notas dos colegas, pois tinha acabado de passar pela pressão do vestibular e
não aguentava mais aquilo.” Após quatro meses em casa, ela procurou um médico,
tomou remédio e em pouco tempo estava de volta à sala de aula’. http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-universidade/depressao-tem-alta-taxa-entre-os-estudantes-2oyhrf8hrqh5aqwrfccac0ci6
Depressão e ansiedade são a segunda maior causa de
adoecimento relacionado ao trabalho no Brasil – perdem apenas para os casos de
LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteo Muscular Relacionado ao
Trabalho). Somadas, as duas doenças, representam 49% de todos os casos
classificados como transtornos mentais que surgiram ou se agravaram nos
ambientes de trabalho. Por esse motivo, a Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes de Trabalho do Abril Verde deste ano decidiu dar ênfase ao problema,
que é também um dos principais motivos de afastamento do emprego.
Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, em um ranking da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda reunindo todos os motivos que provocam o afastamento do trabalhador da empresa, a depressão aparece na vigésima posição. Ou seja, ela está entre os motivos que mais geram concessão de auxílio-doença acidentário – quando a pessoa é afastada da atividade por mais de 15 dias. Em 2016, 3.393 benefícios foram concedidos por causa de depressão.
Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, em um ranking da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda reunindo todos os motivos que provocam o afastamento do trabalhador da empresa, a depressão aparece na vigésima posição. Ou seja, ela está entre os motivos que mais geram concessão de auxílio-doença acidentário – quando a pessoa é afastada da atividade por mais de 15 dias. Em 2016, 3.393 benefícios foram concedidos por causa de depressão.
O número ainda é menor do que o das
fraturas nos punhos, mãos, pernas e tornozelos, que aparecem nas duas primeiras
colocações, e também é inferior ao das dores nas costas, a terceira principal
causa de afastamento no Brasil. Mas, nem por isso, menos grave, como alerta a
diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do
Trabalho, Eva Gonçalves Pires. “O tempo de afastamento por depressão e
ansiedade costumam ser muito maior do nos casos de acidentes, porque o
tratamento é mais prolongado e a recuperação mais demorada”, lembra.
Além disso, o assistente técnico do
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Jeferson Seidler, lembra que
ainda existe uma dificuldade em diagnosticar corretamente a depressão e em
fazer o nexo da doença com o trabalho, o que faz com que haja uma
subnotificação dos casos. “No acidente típico, por exemplo, com máquinas, a
lesão é evidente e compatível com o relato da vítima, e dificilmente há dúvida
quanto à caracterização da ocorrência como acidente de trabalho. Nos
transtornos mentais, inclusive as depressões, não. Primeiro, porque o
diagnóstico é mais subjetivo, e, segundo, porque, além de fazer essa análise
clínica, é preciso observar se o trabalho teve ou não influência no
desencadeamento ou agravamento dos sintomas”, explica.
Somado a isso, existe o fato de que
as organizações o Brasil, no geral, não se preocupam em promover ambientes de
trabalho que levem em conta a saúde mental dos seus trabalhadores, já que a
legislação do país não trata desse aspecto. A auditora fiscal do Trabalho,
Luciana Veloso, que tem doutorado em direito com foco na saúde mental do
trabalhador, diz que o problema tem se agravado, sobretudo, nos últimos 30
anos.
“As empresas, preocupadas em lucrar
cada vez mais, foram adotando modelos de gestão que colocam metas muitas vezes
abusivas aos trabalhadores, utilizam sistemas de avaliações individuais que
estimulam a competitividade entre eles e cobram resultados o tempo todo. As
pessoas trabalham muito, sob pressão e na cultura do “cada um por si”. Isso
acabou com a solidariedade entre os colegas nas empresas, e o trabalhador foi
ficando fragilizado e mais vulnerável a abusos psicológicos, como assédio
moral, por exemplo”, explica.
Luciana lembra que, ao contrário dos
acidentes de trabalho, que dependem apenas do conteúdo das tarefas do
trabalhador, no adoecimento mental o contexto do trabalho também conta. É mais
comum ocorrerem problemas em empresas onde a comunicação é ineficaz ou
inexistente; a remuneração é baixa; as tarefas são incompatíveis com a
qualificação do trabalhador (normalmente trabalhadores qualificados executando
tarefas menos importantes); as ameaças de demissão são constantes; e os casos
de discriminação e assédio moral e sexual são mais comuns.
“Em países mais desenvolvidos, já
existe uma preocupação com a saúde mental dos trabalhadores. No Brasil,
infelizmente, o que vemos é um atraso. E as pessoas estão ficando doentes e
indo trabalhar doentes, a base de remédios. Enquanto não nos preocuparmos como
o problema, ele continuará ocorrendo”, constata. Ministério do Trabalho.
http://www.funtrab.ms.gov.br/depressao-e-ansiedade-sao-as-principais-causas-de-adoecimento-e-afastamento-do-trabalho/
Eu confesso que eu cursava uma faculdade
estadual, era uma boa aluna e gostava do curso, porém, sem nenhuma causa
aparente, comecei a me sentir cansada, com dores de cabeça fortíssimas,
desanimo, sonolência, sensação de peso nas pernas e braços, crises de choro e
uma série de sintomas desagradáveis dos quais eu não sabia explicar porque
estavam acontecendo... Por causa disso comecei a faltar muito na faculdade,
comecei a me isolar das pessoas, fiquei praticamente sem nenhum amigo, sem
vontade de estudar e de sair de casa, até que desisti do curso. Há pouco mais
de um mês, me consultei com um psiquiatra e fui diagnosticada com depressão e
iniciei o tratamento. Ainda não me sinto bem, penso muito em suicídio, fico só
em casa e sinto vergonha de ter este problema. Escondo isso de familiares e de
colegas, tenho medo até de entrar no facebook, porque as pessoas vem me
perguntar: \"O que aconteceu?\" \"Porque você sumiu da
faculdade?\"... Eu me sinto constrangida ao receber estas perguntas, não
quero falar a verdade porque acredito que as pessoas não vão sentir empatia por
mim. Quando eu ainda estudava e tinha vida social ouvia comentários do tipo:
\"Quem tem depressão é cabeça fraca\" \"Depressão é desculpa pra
não trabalhar/estudar\" \"Depressão é doença só de gente rica\"
\"Depressão é desculpa de quem não tem força de vontade\"... Por isso
tenho medo de falar a verdade para as pessoas e elas começarem a agir com
indiferença, ou então me tratarem como se fosse uma coitadinha, porque eu
também não quero isso... Se você leu minha confissão inteira, eu agradeço pela
sua atenção e peço desculpas por ter tomado o seu tempo... Por favor me dê uma
palavra de força, um conselho bacana, eu ficaria contente se fizesse isso.
https://www.euconfesso.com/confissao-98711.html
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